Tenho um feitio muito especial: gosto de ser "do contra".
Nunca tinha visto um telejornal, um único sequer, apresentado por Manuela Moura Guedes, à sexta-feira, na TVI. Por um lado, o principal, porque não vejo normalmente a TVI. Por outro, porque não aprecio particularmente o "estilo".
Sabia o que ia sucedendo de forma indirecta, por artigos nos jornais, nas revistas e na web.
No entanto, no dia em que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a "Alta Autoridade" do sector, anunciou iniciar um processo à TVI, decidi nesse instante que, sempre que possível, passaria a ver o telejornal apresentado por Manuela Moura Guedes.
Hoje, vi o terceiro.
Como estou numa fase de adaptação ao "Twitter", fui colocando on-line o alinhamento do noticiário da TVI.
Foi assim:
19h59 - Sentado frente ao televisor para assistir pela 3.ª vez ao Telejornal de Manuela Moura Guedes.
20h11 - É pá, já são três os "casos menos claros" e o telejornal ainda só vai em 11 minutos!
20h22 - Já vamos em 5 ou 6 "casos". Já lhes perdi a conta... Mas o tema de fundo é sempre o mesmo.
20h26 - BPP.
20h35 - Bairro da Bela Vista.
20h41 - Biometrics/BPN em Porto Rico.
20h48 - Cavaco / Conselho de Estado / Dias Loureiro / Eleições europeias.
20h49 - FC Porto à beira do título. Vou jantar.
Fui jantar. Continuei a ver o telejornal, mas já sem "twittar".
E ainda tive tempo para ver um grupo de médicos de família portugueses a participar num congresso ginecológico em Kuala-Lumpur, na Malásia. E, dentro do programa, a fazerem uma viagem de 700 km de avião, para cada lado, para ir jantar e andar de barco à volta de uma ilha paradisíaca.
Como hoje estou bem disposto, apetece-me mostrar solidariedade aos clínicos: deve ser muito cansativo, rapaziada, juntar ao esforço de participar num congresso, o cansaço de uma viagem à Malásia, mais a trabalheira de outra viagem de avião de 700 kms, para cada lado. Estou convosco, malta. Ser médico, assim, é uma chatice.
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