Interessante e proveitosa – assim se poderá avaliar, de forma resumida, a conferência que a Dra. Ana Tamarit Rodríguez (na foto), da Universidade Pontifícia de Salamanca, proferiu ontem, ao final da tarde, no Instituto Universitário Justiça e Paz.
Embora a realidade espanhola seja muito diferente da portuguesa em termos da chamada "Imprensa de proximidade", há problemáticas que são comuns: a atitude das empresas proprietárias dos jornais, as práticas jornalísticas, o peso das fontes institucionais e a homogeneização de conteúdos.
Antiga jornalista, a professora espanhola fez uma intervenção viva, perante cerca de uma centena de pessoas.
À noite, depois do jantar, um grupo mais restrito (cerca de duas dezenas de pessoas, muitos dos quais proprietários de títulos regionais/locais) debateu a realidade da Imprensa Regional portuguesa.
Ana Tamarit Rodríguez, que na véspera leccionara durante nove horas consecutivas e que hoje mesmo já tinha aulas às 13h00 em Salamanca, agradeceu o convite e manifestou-se particularmente feliz pelo facto da iniciativa lhe ter permitido compreender melhor a situação da Imprensa Regional do lado de cá da fronteira.
"Há muito poucas obras publicadas sobre a Imprensa Regional portuguesa e esta viagem a Coimbra proporcionou-me muita informação. Vou voltar, para aprofundar o meu conhecimento", disse à despedida.
A conferência e a "tertúlia-debate" foram organizadas pelo Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais, uma estrutura da diocese de Coimbra, que pretendeu favorecer o diálogo entre os diversos protagonistas do sector - empresários, jornalistas, docentes e alunos de Jornalismo ou Comunicação Social.
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