quarta-feira, 25 de abril de 2007

Dia da Liberdade


1 comentário:

Anónimo disse...

Há precisamente 33 anos, este amigo estava a comandar um grupo da força que na altura cercava o forte de Peniche, com vista à rendição da GNR, o que aconteceu pacifica e naturalmente.
Fiz parte duma coluna que se formou na Figueira da Foz com forças mistas do CICA 2 (Centro de Instrução de Condução Auto da Fig. Foz - local onde se encontrava o paiol que abasteceu as munições bem como cedeu o combustível para as viaturas), do RAP 3 (Regimento de Artilharia Pesada, da Fig. Foz) e do RI 14 de Viseu (Regimento de Infantaria 14), comandada pelo saudoso Capitão Rocha Santos do CICA 2(bebia uma garrafa de macieira durante a noite, sempre que estava de Oficial de Dia, mas mantinha sobriedade como se tivesse bebido água).
Mas há uma HISTÓRIA DE CORAGEM nunca contada. Tinha ocorrido recentemente um incêndio no RI 14 que destruiu parte das viaturas de Viseu. Tal não impediu que muitos dos militares viessem formar coluna à Fig. Foz, armados de "unhas e dentes", utilizando na deslocação viaturas particulares. Nunca li nada acerca deste facto.
A coluna que saiu da Fig. Foz desdobrou-se nas Caldas da Rainha (de onde tinha partido a força do 16 de Março), seguindo uma parte para Lisboa, e a outra para Peniche, onde se manteve até às 10,00 horas de 27 de Abril (sábado), data em que foi substituida por militares do RI 5 das Caldas da Rainha.
A minha homenagem aos camaradas de Viseu e um abraço ao Barbosa e ao Domingues (Trinitá), comandantes dos outros 2 pelotões, bem como a todos os camaradas daquela gloriosa mas pacifica jornada de luta.
JR

PS: Houve militares que mais tarde vieram a casar em Peniche, sendo pais de verdadeiros "Filhos da Revolução" ...