O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) deu razão ao jornalista José Manuel Mestre, que fora condenado por difamação em Portugal após afirmar que Jorge Nuno Pinto da Costa era o “patrão dos árbitros”, na altura em que o dirigente desportivo era também presidente da Liga de Clubes.
Na origem do caso está uma entrevista realizada em 1996 ao então secretário-geral da UEFA, Gerhard Aigner, a quem o jornalista perguntou como era possível que o presidente da Liga de Clubes, sendo simultaneamente presidente de um clube, se sentasse no banco de suplentes, à frente do árbitro, de quem era, por inerência, patrão.
Com a decisão do TEDH fica sem efeito a condenação ao pagamento de uma multa de 3990 euros imposta pela Justiça portuguesa ao jornalista e à SIC, sendo o Estado português condenado a pagar 2104,72 euros a José Manuel Mestre e 687,37 euros à estação de televisão, mais 10.000 euros a cada um dos implicados no caso pelos gastos na acção para o TEDH.
(informação do Sindicato dos Jornalistas)
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