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«As suspeitas que recaem sobre Dias Loureiro são demasiado sérias para que não renuncie de imediato ao seu mandato como membro do Conselho de Estado. Tal não corresponde a uma admissão de culpa, pelo contrário: corresponde a uma demonstração de confiança na sua inocência e na Justiça. Ao teimar manter-se no Conselho de Estado sabendo que não pode ser demitido, Dias Loureiro apenas adensa as suspeitas que rodeiam o seu comportamento pois transmite a ideia de que necessita da sombra protectora de imunidade.
Se tivesse um mínimo de decência, se não sofresse de uma indesmentível “problemática do ego”, também já teria entendido que a sua teimosia embaraça todos os restantes membros do Conselho de Estado – alguns dos quais já o verbalizaram – e coloca numa situação politicamente insustentável o Presidente da República.
Mas a decência e a lealdade não parecem fazer parte das qualidades de um dos políticos portugueses que mais enriqueceu durante e depois de ter exercido cargos públicos.»
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