quarta-feira, 27 de maio de 2009

Director do "Público" não poupa Dias Loureiro


«As suspeitas que recaem sobre Dias Loureiro são demasiado sérias para que não renuncie de imediato ao seu mandato como membro do Conselho de Estado. Tal não corresponde a uma admissão de culpa, pelo contrário: corresponde a uma demonstração de confiança na sua inocência e na Justiça. Ao teimar manter-se no Conselho de Estado sabendo que não pode ser demitido, Dias Loureiro apenas adensa as suspeitas que rodeiam o seu comportamento pois transmite a ideia de que necessita da sombra protectora de imunidade.

Se tivesse um mínimo de decência, se não sofresse de uma indesmentível “problemática do ego”, também já teria entendido que a sua teimosia embaraça todos os restantes membros do Conselho de Estado – alguns dos quais já o verbalizaram – e coloca numa situação politicamente insustentável o Presidente da República.

Mas a decência e a lealdade não parecem fazer parte das qualidades de um dos políticos portugueses que mais enriqueceu durante e depois de ter exercido cargos públicos.»
(por José Manuel Fernandes; Editorial de hoje no "Público.pt")

Eduardo Dâmaso, no "Correio da Manhã", também é duríssimo. Leia aqui.


ADITAMENTO (17h20)
Dias Loureiro demite-se do Conselho de Estado. Leia aqui.

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