«No meio da hecatombe, salva-se naturalmente o PS: o PS que quer ter uma palavra a dizer sobre o novo programa do dr. Vitorino, o PS que vai finalmente ser ouvido, o PS que já, na última Comissão Política, conseguiu debitar umas opiniões perante a complacência do chefe. Infelizmente, esse PS, com que sonha agora o PS, deixou pura e simplesmente de existir: neste últimos quatro anos, transformou-se numa mera caixa de ressonância do Governo, onde predominam Lelos e companhia, incapaz de transmitir qualquer sinal exterior de inteligência política. Resta, portanto, por muito que isso custe a algumas sibilas retroactivas, o eng. Sócrates e a sombra dos seus ministros. Com mais ou menos simpatias, com mais ou menos sorrisos, é ele que irá a votos nas próximas legislativas. Não o PS, essa ficção democrática que, com ele, deixou de existir. E, sem ele, pagará caro o facto de não ter existido.»
Sem comentários:
Enviar um comentário